Em primeiro lugar, a escola precisa adaptar-se para receber o aluno de inclusão, adaptar a turma e funcionários da escola. Ao professor, cabe conhecer a história do aluno, reconhecer o que ele sabe, qual a forma como aprende, conversar com a família tentando envolvê-la, criar um vínculo com a criança, pois a partir do envolvimento da família e o vínculo do professor com a criança, este terá mais chances de perceber suas necessidades , assim como as expectativas da família em relação à escola. Estar atento aos limites da criança para não cobrar demais, ou deixar de cobrar aquilo que ela tem potencial. É necessário considerar que, se o aluno ainda não aprendeu, pode aprender. Para que a tarefa não seja um fardo para o professor, este deve ter o apoio de toda a escola, pois a equipe deverá pensar em grupo na socialização, na adaptação curricular, na participação da família, nas parcerias com postos de saúde, médicos, escolas especiais, serviço de psicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia...Os funcionários tem grande importância em alguns momentos, para auxiliar no atendimento à criança, por isso é essencial que conheçam o aluno.
Ao se pensar em projeto pedagógico, este deve ser orientado para a inclusão, e as aulas direcionadas ao potencial do aluno, visando desafios e avanços no conhecimento e na autonomia. Quando trabalhamos com atividades práticas, concretas e lúdicas, o aluno de inclusão será beneficiado, assim como todos os outros alunos da classe. Muitas vezes percebemos muita tensão por parte do professor que vai trabalhar diretamente com esta criança, mas se pararmos para pensar, todos os alunos, em algum momento precisam de uma atenção mais individual. O professor que sabe dar aulas, tem capacidade para ensinar e aprender com qualquer tipo de aluno, seja ele "normal" ou diferente do que pensamos ser o normal. É necessário ter maturidade suficiente para lidar com as frustrações, pois há possibilidades de insucesso, mas também coragem para enfrentar os medos, pois há maior probabilidade de grande sucesso. Tentar não enxergar este sujeito com sentimento de pena, pois, na minha opinião pessoal, ninguém deve ser visto com um sentimento tão pobre. Cada um tem suas particularidades, características, dificuldades. Isto não é exclusividade do aluno de inclusão. Todos temos nossos "defeitos"
2 comentários:
Estou cursando pedagogia e estagiando em uma sala regular apoiando uma criança de 14 anos com hidrocefalia e gostaria de ajuda com material didatico/ludico para auxiliar na aprendizagem. A criança tem dificuldade com coordenação motora fina mas reconhece o alfabeto apesar de ainda não conseguir montar as palavras. Agradeço se puder me ajudar. Rosangela (http://educacao-aprendizagem-rosangela.blogspot.com)
Olá Zulmira! Parabéns pelo blog, adorei! Sou professora da sala de recursos de uma escola pública estadual e comecei a trabalhar este ano com uma aluna com agenesia de corpo caloso com discreta dilatação ventricular supratentorial. Ela tem 18 anos, está cursando a 8ª série do ensino fundamental e segundo laudo médico ela é uma paciente sem perspectivas de atividade laborativa e/ou vida independente. Ela tem acompanhamento constante da mãe. Gostaria de saber mais sobre o assunto e até mesmo sugestões de atividades para realizar com ela, estou angustiada, gostaria de poder ajudar ela a se desenvolver melhor e que ela seja realmente incluida na turma, que se sinta bem. Agradecida! Um abraço! Keli
Meu email é: keliml@hotmail.com
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