domingo, 16 de agosto de 2009

Mensagem

"Todo o conhecimento passa antes pelos sentidos."
Aristóteles

O Que é Hidrocefalia?

Hidrocefalia é na realidade um desequilíbrio entre a produção do líquido cefalorraquidiano e sua reabsorção, causando um aumento do volume craniano. A produção do líquor inicia no plexo coróide, local onde é produzido em sua maioria, dentro do sistema ventricular, passando pelos ventrículos através de forames e é drenado no sistema venoso. Este líquido é de natureza não inflamatória, uma solução salina pura, incolor, pobre em células e proteínas e ocupa o espaço entre o crânio e o córtex cerebral, funcionando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal, protegendo-os de traumas, além de suprir o tecido nervoso de nutrientes e remover deste, os resíduos metabólicos, atuando como uma barreira que evita a penetração de certas substâncias tóxicas ao tecido nervoso. Em bebês recém nascidos, esta barreira ainda não está totalmente formada, pode ocorrer a penetração de substâncias como a bilirrubina, que em alta concentração, pode resultar em danos neurológicos, ocasionando um quadro clinico que chamamos de Kernicterus, mais conhecido como amarelão.
A condição mais comum para o aparecimento da hidrocefalia é por obstrução da passagem do líquor, seja por tumor, prematuridade, cisto, traumas, infecções ou má-formação do sistema nervoso, como a mielomeningocele. A pressão intracraniana causada pelo excesso de líquor pode causar vários sintomas como: irritabilidade, sonolência, náuseas, vômitos, cefaléia, convulsões, hiperrreflexia, distúrbios visuais, incoordenação motora, dificuldades de concentração...O tratamento depende de alguns fatores, mas o mais comum é o tratamento cirúrgico para a colocação de uma derivação (válvula de derivação), que fará a retirada do líquor do ventrículo. Com o surgimento da neuroendoscopia, passaram a tratar as hidrocefalias obstrutivas com cirurgias endoscópicas nos centros onde há esta tecnologia disponível.

sábado, 8 de agosto de 2009

Dia Dos Pais

Pai Especial é Como o Meu!
Quando eu estava no ventre da minha mãe eu já escutava sua voz me mostrando seu amor.
Fiquei muito tempo no hospital, sempre com a presença dele nos momentos mais difíceis.
Quando vim para casa, ele passava noites acordado ajudando a me cuidar.
Acompanhou meu desenvolvimento passo a passo, sem cansar pela minha demora.
Me aceitou como sou, e me ama profundamente.
Está sempre ao meu lado, me dando segurança nas horas mais difíceis.
Quando estou cansado, se atrasa no trabalho para me deixar dormir mais um pouco.
Torce por minhas conquistas e vibra junto comigo nas minhas vitórias.
Valoriza cada pouco do meu progresso.
Tenho o maior orgulho de me parecer com ele.
Clóvis!
Feliz Dia Dos Pais!
Eu te amo muito papai!
Do teu filho Léozinho

Estimulação Precoce

Estimulação precoce é o conjunto de atividades e de recursos humanos e ambientais que vem incentivar e são destinados a proporcionar à criança, nos seus primeiros anos de vida, experiências significativas para alcanças pleno desenvolvimento na sua evolução.
Segundo Brandão (1992), autor que escreve muito bem sobre o assunto, existe o tratamento por estimulação precoce, que é aquele que se inicia antes que as manifestações clínicas próprias das alterações básicas do tono possam ser evidenciadas, antes que as primeiras coordenações sensório-motoras tenham deixado de se formar por um tempo maior do que o esperado, ou ainda que tenham começado a se formar de modo anormal. As anormalidades encontradas estão apenas esboçadas, e a possibilidade de corrigí-las e fazer o desenvolvimento retomar a normalidade é muito grande, desde que convenientemente tratadas.
Todo o bebê normal, precisa ser estimulado para que o desenvolvimento funcional do sistema nervoso progrida de modo normal. Sem esta estimulação, seu desenvolvimento será prejudicado. Os pais e as pessoas que com ele convivem, brincando e durante as atividades da vida diária, proporcionam os estímulos para o seu desenvolvimento. Este conjunto de estimulação proporcionado pelos pais, ou pelos que cuidam da criança, segundo o autor, constitui a estimulação precoce propriamente dita, sendo que esta, apesar de imprescindível, não necessita de conhecimentos ou de profissionais especializados para ser executada. Já o tratamento por estimulação precoce, deve ser executado por uma equipe especializada e é indicado para corrigir o desenvolvimento deficiente ou anormal, e necessita da cooperação dos pais.

Mensagem

"Pertencer é mais do que romper as barreiras dos rótulos, e dos estigmas produzidos na representação e no imaginário social;
Pertencer é mais do que ter contemplados direitos à cidadania no âmbito jurídico-formal;
Pertencer, é pois, estar engajado, qual sujeito ativo da história;
É exercer a condição de ator sem ser alvo da visão dualista que atribui à "diferença" a condição de anjo ou demônio, para garantir à média a condição de normais.
Pertencer é estar no palco, sem ser herói ou vilão..."
Paulo Ricardo Ross (1999)

Inclusão na Sala de Aula


Em primeiro lugar, a escola precisa adaptar-se para receber o aluno de inclusão, adaptar a turma e funcionários da escola. Ao professor, cabe conhecer a história do aluno, reconhecer o que ele sabe, qual a forma como aprende, conversar com a família tentando envolvê-la, criar um vínculo com a criança, pois a partir do envolvimento da família e o vínculo do professor com a criança, este terá mais chances de perceber suas necessidades , assim como as expectativas da família em relação à escola. Estar atento aos limites da criança para não cobrar demais, ou deixar de cobrar aquilo que ela tem potencial. É necessário considerar que, se o aluno ainda não aprendeu, pode aprender. Para que a tarefa não seja um fardo para o professor, este deve ter o apoio de toda a escola, pois a equipe deverá pensar em grupo na socialização, na adaptação curricular, na participação da família, nas parcerias com postos de saúde, médicos, escolas especiais, serviço de psicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia...Os funcionários tem grande importância em alguns momentos, para auxiliar no atendimento à criança, por isso é essencial que conheçam o aluno.
Ao se pensar em projeto pedagógico, este deve ser orientado para a inclusão, e as aulas direcionadas ao potencial do aluno, visando desafios e avanços no conhecimento e na autonomia. Quando trabalhamos com atividades práticas, concretas e lúdicas, o aluno de inclusão será beneficiado, assim como todos os outros alunos da classe. Muitas vezes percebemos muita tensão por parte do professor que vai trabalhar diretamente com esta criança, mas se pararmos para pensar, todos os alunos, em algum momento precisam de uma atenção mais individual. O professor que sabe dar aulas, tem capacidade para ensinar e aprender com qualquer tipo de aluno, seja ele "normal" ou diferente do que pensamos ser o normal. É necessário ter maturidade suficiente para lidar com as frustrações, pois há possibilidades de insucesso, mas também coragem para enfrentar os medos, pois há maior probabilidade de grande sucesso. Tentar não enxergar este sujeito com sentimento de pena, pois, na minha opinião pessoal, ninguém deve ser visto com um sentimento tão pobre. Cada um tem suas particularidades, características, dificuldades. Isto não é exclusividade do aluno de inclusão. Todos temos nossos "defeitos"








sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Mensagem

"Não sei...se a vida é curta ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa do outro mundo,
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta,
nem longa demais,
Mas que seja intensa,
verdadeira, pura...
Enquanto durar"
Cora Coralina

Inclusão x Integração

  • Na Inclusão há participação de todos, e a criança é colocada no processo político pedagógico. A escola se adapta ao sujeito;
  • Na Integração a criança vem pra a escola, onde não há modificações. O sujeito se adapta à escola.
A escola que tem a pretensão de ser inclusiva, deve planejar para gradativamente implementar as adequações necessárias para garantir à todos o acesso à aprendizagem e ao conhecimento. Esta escola deve reconhecer a diversidade, abolir o preconceito contra as diferenças, atender as necessidades de cada um e assim, promover a aprendizagem. Para que isto se torne realidade, é necessário acessibilidade, adaptações curriculares, criação de uma rede de parcerias, formação de professores, atendimento educacional especializado.


domingo, 2 de agosto de 2009

Mensagem

"Amar não significa tornar o outro adaptado, submisso ou semelhante a nós.
Amar significa libertá-lo, deixá-lo livre, deixá-lo viver."
Penny McLean

Desenvolvimento da visão

Você sabia que 90% da visão se desenvolve nos dois primeiros anos de vida e os 10% restantes até os 8 ou 9 anos de idade?
Muitos problemas se não detectados e tratados a tempo, poderão acarretar deficiência visual para o resto da vida.
  • Os primeiros 3 meses: Neste período o bebê está aprendendo a enxergar. É normal às vezes os olhos desviarem para fora ou para dentro, pois o reflexo de fixação ainda não está desenvolvido. Às vezes o bebê consegue seguir uma "mosquinha na parede", e às vezes não presta atenção a objetos grandes em sua frente, como se tivesse momentos "ligados" e outros "desligados". A partir do terceiro mês, os momentos "ligados" devem ser predominantes.
Até o terceiro mês se desenvolve o reflexo de fixação.
  • Aos 2 meses distinguimos cores e aos 4 meses distinguimos faces (Na retina estão os cones e bastonetes que são células que processam as cores).
  • Os primeiros 6 meses: Até o sexto mês o bebê ainda pode desviar um pouquinho os olhos. Após este período, isto é chamado estrabismo e é uma doença que precisa ser tratada; dificilmente cura sozinha.
  • Os primeiros dois anos: Até os dois anos o bebê aprende a juntar as imagens que vem dos dois olhos no córtex cerebral e interpretá-la como uma imagem única. Assim, ele passa a ver os objetos em 3 dimensões (estereopsia). Se os olhos não estiverem "alinhados", o cérebro automaticamente "desliga" o olho desviado para o bebê não ver duas imagens diferentes ao mesmo tempo, e passa a enxergar só com um olho. Portanto, a maioria dos estrabismos deve ser tratada antes de o bebê completar 2 anos de vida!
O que é "olho preguiçoso"?
Quando um dos olhos tem algum problema que dificulte a visão (como um "grau" elevado para óculos em um dos olhos com outro quase normal), o olho com problema não se desenvolve normalmente. O nome correto para este problema é ambliopia. É necessário tratamento com óculos e estimulação para que o olho com problema se desenvolva. Muitas vezes é necessário usar um curativo oclusivo no "olho bom" algumas horas por dia, para que a criança aprenda a usar o "olho mais fraco".
Recomendações:

  • A primeira avaliação oftalmológica deve ser feita ao nascer, antes da alta, pelo pediatra (teste do olhinho)
  • Nos dois primeiros anos, uma avaliação oftalmológica completa a cada 6 meses, de preferência com um oftalmo-pediatra.
  • Após uma avaliação oftalmológica completa anual, pelo menos até os 10 anos, de preferência com oftalmo-pediatra.
  • Avaliação realizada na escola não é completa!
A idade pré-escolar e escolar: Os olhos continuam se desenvolvendo até 8-10 anos de vida. A maioria das crianças tem hipermetropia, que é um erro de refração geralmente causado porque o diâmetro antero-posterior do olho é menor do que o do olho adulto normal. Assim, as imagens que vemos, entram em foco atrás da retina (que é a parte do olho que "capta" a visão). O olho precisa "trabalhar" para colocar os objetos em foco (acomodação) mudando o formato de uma lente presente no seu interior (cristalino). Como a criança tem uma alta capacidade acomodativa, isso geralmente não é problema.
Toda criança "normal" é um pouquinho hipermétrope, pois o olho ainda não acabou de crescer, portanto, a hipermetropia tende a diminuir. Quando a hipermetropia é maior do que a esperada para a faixa etária, podem surgir sintomas como falta de atenção nas atividades de perto e dor de cabeça.
Fonte: Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica.

Mensagem

"Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar"
Helen Keller

Para o trabalho em aula é importante

Para que se consiga um bom trabalho de inclusão na sala de aula, é necessário que os professores participem da vida destes alunos, aceite-os como são, sem a ilusão de transformá-los em "normais", criem vínculos afetivos, estabeleçam relações, pois igualdade não significa torná-los iguais, mas sim, oferecer iguais oportunidades. Jamais compará-los aos outros, avaliá-los pelos seus próprios crescimentos. Sendo assim, estarão no caminho certo e a linha de chegada certamente será com grandes vitórias.

sábado, 1 de agosto de 2009

Mensagem

" Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente."
Érico Veríssimo

Trabalhando as Diferenças em Sala de Aula

  • A Bela e a Fera
  • A casa amarela - Keyla Ferrari
  • A escola da tia Maristela - Márcia Honora
  • A família sol, lá si... - Márcia Honora
  • A felicidade das borboletas - Patrícia Secco
  • A gaivota que não podia ver - Paulo Dias Fernandes
  • A turma de Layla - Maria Rita
  • A voz da estrela - Cláudia Cotes
  • Bicho-carpinteiro - Cláudia Cotes
  • Crianças especiais (saúde e higiene)
  • Diogo e Olívia - Patrícia Secco
  • Dognaldo e sua nova situação - Márcia Honora
  • Felipe em busca de amizade - Márcia M. do Nascimento
  • João, preste atenção! - Patrícia Secco
  • Juliana prá lá de bacana - Cláudia Cotes
  • Júlia e seus amigos - Lia Crespo
  • Maria e companhia - Laís Corrêa de Araújo Ávila
  • Menino brinca com menina?
  • Minha família é colorida
  • Minha irmã é diferente - Fernanda Lopes de Almeida
  • Na minha escola todo mundo é igual
  • Nem todas as girafas são iguais - Márcia Honora
  • Ninguém é igual à você - Andréia F.
  • O Canto de Bento - Márcia Honora
  • O Charme de Tuca - Márcia Honora
  • O grande dia - Patrícia Secco
  • O menino Genial - Keyla Ferrari
  • O patinho feio
  • O presente de Luísa - Márcia M. do Nascimento
  • O problema da centopéia Zilá - Márcia Honora
  • O sonho de Arthur - Márcia M. do Nascimento
  • O Tom é gorducho - Márcia Macedo
  • Os jogos parapanamericanos (jogos parapan. para crianças)
  • Pe - O patinho diferente - Regina Coeli Rennó
  • Por que Heloísa? - Cristiana Soares
  • Rapunzel surda - Lodenir Karnopp
  • Sofia na escola - Márcia M. do Nascimento
  • Superando o preconceito (jogos parapanamericanos para crianças)
  • Tico - O coelhinho com as orelhas caídas
  • Tudo bem ser diferente - Todd Parr
  • Uma amiga diferente - Márcia Honora
  • Uma formiga especial - Márcia Honora
  • Uma joaninha diferente - Regina Célia de Melo
  • Uma tartaruga a mil por hora - Márcia Honora

Sugestão de leituras

  • A canção do muro de pedra - Helen Keller
  • A clínica psicomotora - Esteban Levin /tradução: Julieta Jerusalinsky
  • A lição final - Randy Pausch
  • A minha vida de mulher - Hellen Keller
  • A porta aberta - Hellen Keller
  • Bases do tratamento por estimulação precoce da paralisia cerebral - Juércio Samarão Brandão
  • Constelações familiares - Bert Hellinger
  • Dedicação de uma vida - Helen Keller
  • Educação especial: Em direção à educação inclusiva -Claus Dieter Stobäus/Juan José Mouriño Mosquera
  • Educação inclusiva - Atendimento Educacional Especializado para a Deficiência Mental - MEC/SEE
  • Inclusão Escolar Conjunto de Práticas que Governam - Maura Corcini Lopes, Morgana Domênica Hattge (orgs.)
  • Leonardo, um grande guerreiro -Zulmira Severo
  • Lutando contra as trevas - Helen Keller
  • Muitas vidas, muitos mestres - Brian Weiss
  • Nossos filhos são espíritos - Hermínio C. Miranda
  • O mundo em que vivo - Hellen Keller
  • O vôo da gaivota - Emmanuelle Laborit
  • Olhar sobre a diferença - Mara Freire
  • Olhe nos meus olhos - Minha vida com a síndrome de Asperger - John Elder Robison
  • Otimismo - um ensaio -Hellen Keller
  • Paz no crepúsculo - Helen Keller
  • Por um fio - Dráuzio Varella
  • Removendo barreiras para a aprendizagem - Rosita Edler Carvalho